31 janeiro 2010

Descoberta de bugs no Chrome dá dinheiro

No blogue oficial dos programadores do novo sistema operativo da Google, há uma entrada que promete uma recompensa a quem reportar falhas no código.

O sistema de recompensas a quem descobre bugs não é novo: os responsáveis do Chrome OS agradecem a ideia à Mozilla.

De momento, o programa de atribuição de recompensas está numa fase experimental: a Google promete entre 500 e 1337 dólares (360 e 963 euros). O 1337 é utilizado no "informatiquês" para designar a elite, o que não deixa de ser um piscar de olho à comunidade.

Os responsáveis pelo desenvolvimento do Chrome explicam que esta é uma forma de incentivar programadores externos a contribuir para o desenvolvimento de um sistema operativo mais seguro.

Saiba mais no blogue oficial do Chrome.

Exame Informática

Facebook expulsa "spammers" bem intencionados

"Os utilizadores que enviaram um excessivo número de mensagens a pedir donativos para as vítimas do Haiti foram classificados como spammers e removidos do Facebook.

A equipa técnica responsável por esta rede social confirmou o incidente, depois de vários sites, fóruns e outras redes sociais terem sido invadidos por reclamações sob o excessivo número de pedidos de donativos que tomaram o Facebook . De acordo com o comunicado de um porta-voz do Facebook, as expulsões ocorreram porque uma pequena parcela de utilizadores enviou milhares de mensagens a um incontável número de pessoas, activando o sistema de defesa automática do site, que os identificou como disseminadores de spam.

Agora, os bem-intencionados spammers devem entrar pedir uma reactivação das suas contas.

Para evitar problemas similares, a equipa do Facebook deve, nos próximos dias, fazer uma vigilância mais próxima e atenta às mensagens que conterem a palavra "Haiti", ou outras relacionadas.

Mesmo com algumas confusões, o Facebook já foi responsável por 120 milhões de dólares doados às vítimas do terremoto. Várias organizações humanitárias aproveitaram a plataforma dinâmica da rede social para angariar fundos monetários, que vão ser encaminhados aos habitantes da capital haitiana."


Por Pedro Oliveira
in Exame Informática

Por depoimento no Orkut, adolescente sugeriu enredo de Escola de Samba




As redes sociais e suas vantagens

As redes sociais conheceram grande expansão e entram agora numa segunda fase, com tipos de utilização mais próximos dos comportamentos adultos.

Por outras palavras, o social networking já não é território exclusivo de geeks, adolescentes e adultos no engate, tem gente “normal” com rotinas típicas do dia a dia, agora transpostas e adaptadas à Internet, que potencia a comunicação de formas incríveis.

Em termos profissionais, uma boa rede de contactos cria valor e facilita a vida. As empresas tardam em reconhecer as capacidades ao sua dispôr na web, mas as pessoas que as formam, não. Entre as funcionalidades mais úteis estão:

1. Divulgação do currículo. Num mundo de emprego em permanente mudança, com os laços entre empregador e empregado desfeitos pela sobrevalorização do dinheiro à custa do corpo social, uma pessoa consciente está sempre no mercado de trabalho.Quanto mais divulgação tiverem as suas competências, mais facilmente encontrará quem as valorize. Quando se tem um patrão que não nos dá o justo valor, mais pertinente se torna.
2. Pedido de referências pessoais. A cibercultura assenta nas relações pessoais horizontais, ou peering, quebrando a tradicional relação vertical. A sua opinião sobre os seus colegas é tida em conta. E a dos seus colegas por si também. Construa a sua reputação levando isso em consideração.
3. Oportunidades de emprego. À medida que mais gente e organizações integram as redes sociais aumentam também as relações de proximidade geográfica e consequentemente crescem as oportunidades de trabalho. Estar bem posicionado nas redes sociais representa uma vantagem sobre quem não está.
4. Encontro de velhos amigos e colegas. A interoperabilidade entre as diversas redes facilita a tarefa de estar em contacto com conhecidos anteriores. Noutros casos, poderá reencontrar ligações — e as ligações geram riqueza na web.
5. Receber propostas de negócios. Em função do seu currículo, da sua capacidade de relacionamento com os outros e da sua disponibilidade, torna-se mais fácil propor-lhe actividades. Que poderá incorporar no seu dia-a-dia na empresa ou — como fazem já milhões de pessoas — funcionar em regime de outsorcing.
6. Selecção de especialistas. Os serviços de social networking não têm apenas oferta, lembre-se disso. Também a procura de trabalho e de talento tem neles lugar de relevo. A prática de caça-talentos também se “democratizou” com a web, deixando de estar reservada às elites. Estar nelas significa poder ser escolhido.

Existem diversas redes sociais. Fique a saber quais são as mais importantes do ponto de vista da cidadania, sem excluir os relacionamentos pessoais e amorosos, mas com a tónica nas relações objectivas.


Facebook. O mais recente, está na moda. É uma autêntica febre nos EUA. Em Portugal ainda tem reduzida expressão


Hi5. De longe o preferido dos portugueses. Tem um problema, que é também uma razão para ponderar o seu uso: não há adolescente português sem uma conta no Hi5. A proximidade com a realidade social das camadas abaixo dos 25 anos justifica conviver com tanto ruído.


LinkedIn. É o mais útil para quem procure sobretudo as vantagens profissionais. Portugal está aqui bem representado — embora de forma desigual relativamente ao peso das diversas indústrias na economia nacional. O destaque vai naturalmente para os serviços. Estar no LinkedIn é o equivalente moderno de ter um cartão de visita

Plaxo. Serviço bastante antigo (é da chamada web 1.0), soube converter-se e encontrar um lugar na oferta do género. A utilidade está na organização de contactos.

in http://pauloquerido.pt/blogosfera/as-redes-sociais-e-as-suas-vantagens/

Cidadãos 2.0

Contestação a eleições, entusiasmo por novos candidatos ou ódio a políticos veteranos fazem aumentar participação política na Web social.

in Público


http://www.publico.clix.pt/Política/cidadaos-20_1419412

A EDUCAÇÃO PÓS-TWITTER


"O Twitter é uma rudimentar rede de conexão social", disse Biz Stone, em novembro último, em Doha. Há, segundo ele, muito a fazer para tirar proveito dos 4,4 bilhões de telefones celulares e de 1 bilhão de contas de internet espalhados pelo planeta.

O criador do Twitter esteve com Sugata Mitra, o autor de "A hole in the wall" - que instalou computadores nas ruas de cidades para onde bons professores não querem ir. Queria ver o que aconteceria com as crianças! Para a sua surpresa, em três meses, sozinhas, elas aprenderam a usar o computador e, como todos nós, a exigir um processador mais veloz. Sem qualquer ajuda, as crianças aprenderam 30% dos conteúdos de genética disponibilizados e, com o auxílio de um tutor, superaram os estudantes das melhores escolas da Índia.

Mitra argumenta que hoje importa menos quem você conhece e mais se você está ou não linkado. Estamos em uma nova era: o usuário linkado questiona, e não raro com razão, as recomendações do médico, a originalidade do artista, o conhecimento do professor.

O acesso fácil à informação gerou a era do espanto, da instabilidade de doutores, mestres e pseudoespecialistas! Não sabe? Não pergunte ao professor! Pergunte à inteligência democrática: pergunte ao google! Para que esta inteligência democrática possa ganhar escala e servir à humanidade, a Escola precisa tornar a inclusão digital a sua palavra de ordem. Para isso, terá que conviver com a aprendizagem auto-organizada e lidar com tecnologias que tolerem múltiplas trajetórias pedagógicas.

Ou seja, a educação terá que ter compromisso inarredável com a inovação! O que Biz Stone e Mitra propõem é um futuro que não mais replicará o presente e que trará à tona milhões de talentos que serão colocados a serviço da vida, com novas oportunidades para todos! Estará o Brasil em condições de preparar os jovens para as demandas de adaptabilidade que se apresentam? A julgar pela resistência que as novas tecnologias encontram em nossas universidades, temo que continuaremos a educar para o passado, imaginando que ele funcionará no futuro. Não funcionará! A menos que aceitemos que se frustrem as nossas esperanças de construir um país avançado nas artes e nas ciências, é urgente que professores sejam expostos a um agressivo choque de novas tecnologias, antes que caiam em descrédito pela sua incapacidade de educar para os novos tempos. Mais do que nunca, dependemos de políticas comprometidas com a interconectividade e com o futuro.

Por DILVO RISTOFF
in O Globo

Future Internet Video (web 3.0)

Web 3.0 vs Web 2.0

O que é a Web 3.0?

"Numa altura em que a Web 2.0 já se estabeleceu na vida dos internautas, que diariamente frequentam redes sociais como o Facebook e o Twitter, está na hora de abrir as portas à Web 3.0, o passo seguinte da evolução tecnológica num mundo em que as máquinas se aproximam cada vez mais do universo da inteligência artificial.

No começo era a Internet de primeira geração, dos motores de busca simplistas e dos emails, conceitos já de si revolucionários para quem toda a vida esteve dependente de bibliotecas, correios e telefones. Depois tudo mudou. A World Wide Web popularizou-se mundialmente e evoluiu num nanossegundo da História, comparativamente com o tempo de penetração da maioria dos outros inventos humanos até à data. Transformou-se na Web 2.0, a da computação social, dos “chats” em tempo real e das redes de amizade, do cruzamento de informações, da comunicação e da colaboração, das contribuições para a Wikipédia e dos mundos virtuais. Nos últimos cinco anos tem sido este o paradigma da web.

Na terceira fase que se adivinha para a Net – a da Web 3.0, também chamada de Web semântica, embora este sinónimo entre as duas ideias, forjado pelo “pai” da Web, Tim Berners-Lee, não esteja livre de polémica – pretende-se que a Rede organize e faça um uso ainda mais inteligente do conhecimento já disponibilizado online.

A Web 3.0 serve-se de software que vai aprendendo com o conteúdo que apanha na Internet, que analisa a popularidade desse conteúdo e chega a conclusões. Em vez de ter as pessoas a refinar os termos da pesquisa, a Web 3.0 será capaz de o fazer sozinha, aproximando-se do mundo da inteligência artificial.

Fazendo uma analogia simples: a diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0 é a diferença entre ter alguém que se limite a elencar todos os restaurantes aos quais poderei ir jantar hoje - desconhecendo que alguns desses restaurantes estarão fechados ou onde poderão servir comida que a mim, em particular, não me agrada -, e ter alguém a dizer-me exactamente onde é que eu posso ir comer, sabendo à partida qual é a minha localização geográfica, qual a hora que me é mais conveniente e quais as minhas preferências gastronómicas.

Em resumo: a diferença entre a Web 2.0 e a Web 3.0 é a diferença entre obter uma lista de respostas e uma solução concreta e personalizada para uma pergunta. É a diferença entre a sintaxe e a semântica.

“A Web semântica é uma extensão da actual Internet na qual é dado significado à informação, permitindo que computadores e pessoas trabalhem melhor em cooperação”. Foi assim que o próprio inventor da Web, Tim Berners-Lee, e Eric Miller a definiram, em Outubro de 2002.

Numa outra analogia, incluída num artigo de opinião da revista norte-americana Adweek, o modelo dos aparelhos existentes no mercado para gravar conteúdos televisivos (disponibilizados em Portugal pela Meo e pela Zon, e que, nos EUA, têm um homónimo mais abrangente, o TiVo) ajuda a explicar a maneira como funciona a Web 3.0. Se alguém tiver um interesse particular pelo actor George Clooney, o TiVo pode ser programado para gravar tudo o que passar na televisão sobre ele. Não apenas filmes: séries, publicidade, biografias, entrevistas e toda a espécie de conteúdos relacionados com o actor.

É isto que faz a Web 3.0: estreita a pesquisa e tenta dar ao o utilizador o que este realmente quer. E aqui poderá bater a polémica desta ferramenta, que ajuda a anular a casualidade. Perde-se o efeito-surpresa.

Motores de busca são o corolário da Web 3.0

A Web 3.0 é a visão de uma era em que os motores de busca não se limitam a recolher e apresentar os dados que andam dispersos pela Internet, mas antes são capazes de “mastigar” essa informação e produzir respostas concretas.

O motor de busca Wolfram Alpha – criado pelo cientista britânico Stephen Wolfram – pode ser um dos primeiros marcos desta nova Web 3.0. Aquilo que o site faz é dar uma resposta, em vez de remeter para potenciais respostas. Depois de feita uma pergunta ao Wolfram Alpha, o sistema processa as respostas recolhendo dados de várias páginas e bases que contenham unicamente informação relevante para essa pergunta em concreto. Este projecto, que há muito vinha a gerar algum “hype” na blogosfera especializada, foi oficialmente apresentado a 30 de Abril na Universidade de Harvard (EUA) e está em funcionamento desde o dia 18 de Maio.

A Microsoft também já anunciou o seu novo motor de busca, o Bing, com o qual espera fazer concorrência à hegemonia do Google. A ideia que a Microsft tem sublinhado nas apresentações do Bing é que não se trata apenas de um motor de pesquisa, mas, antes, de um “motor de decisão” (decision engine é o termo usado pela multinacional americana).

Simultaneamente, a Google já lançou, embora ainda em fase experimental, o Google Squared, com o mesmo objectivo de responder a perguntas concretas dos internautas, filtrando e interpretando os resultados. O Squared extrai informação da Web e apresenta os dados de forma estruturada, em tabelas.

Para que esta Web semântica venha a produzir resultados é preciso que se massifique o uso de software e linguagens informáticas específicas, a fim de que seja produzido mais conteúdo que as máquinas possam usar e que lhes permitam chegar a conclusões e não apenas a resultados com base em palavras-chave. O caminho já está aberto."


Por Susana Almeida Ribeiro
in Público

30 janeiro 2010

O que é a Web 2.0?

"Há quem critique o termo, mas os seus partidários destacam o poder acrescido que o utilizador tem na produção e consumo de conteúdos na rede.

O termo "Web 2.0" foi criado pela empresa O'Reilly Media em 2004 e refere-se a uma segunda geração de serviços na Internet com enfâse na colaboração e partilha de informação. O que era um título de uma série de conferências tornou-se um rótulo definidor de uma série de "sites". Mas é também criticado por muitos que o vêem como um mero e vazio truque de "marketing".

Entre os partidários da Web 2.0, abundam as definições do que será esta nova realidade, também conhecida por Web Social, mas quase todas coincidem num ponto: o utilizador deixa de ser um mero receptor para passar a emissor (no YouTube qualquer um pode colocar vídeos na internet). As suas preferências e opiniões passam a ser tidas em conta.

Segundo Tim O'Reilly, fundador da O'Reilly Media, a Web 2.0 "é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".

A Wikipedia vive dessa "inteligência colectiva", ao permitir a qualquer um criar ou editar uma entrada numa enciclopédia em constante actualização. O Digg valoriza as sugestões de páginas que têm mais votos, enquanto o Del.icio.us utiliza um sistema semelhante mas com os favoritos ("bookmarks") de milhões de pessoas.

O Last.fm, por exemplo, sugere novos artistas ao utilizador em função das bandas que ele mais ouve. O "site" comunitário MySpace permite a qualquer pessoa ter um espaço virtual, interagir com outros utilizadores e é uma plataforma de lançamento para muitas bandas."

Por Pedro Rios
in http://jpn.icicom.up.pt/2007/01/05/o_que_e_a_web_20.html

Web 2.0 - A máquina somos nós

Tradução e adaptação do vídeo "The Machine is Us/ing Us", de Michael Wesch.



In Youtube. com

Redes sociais: saiba como usar profissionalmente

Os brasileiros são usuários aficionados das redes sociais, figurando invariavelmente entre as pessoas que mais se dedicam aos sites de relacionamentos no mundo. Mas nem só de bate-papo e amigos virtuais é composta essa relação. Muita gente utiliza as redes com finalidades profissionais. E colhe bons resultados.

De um lado, estão os profissionais das mais diversas áreas, que divulgam currículos, serviços e até produtos. Eles espalham seus trabalhos ou marcas por meio de perfis, comunidades e também pela participação em fóruns de discussão. De outro, estão as empresas, que expandiram seus processos de seleção para a rede e agora garimpam talentos nesses locais.

O quadro a seguir reúne exemplos de boas práticas quando o assunto é uso das redes com finalidade profissional. Usuários contam como conseguem fazer bom proveito de serviços como Orkut, Facebook e Twitter - em muitos casos, os frutos do trabalho nos sites os elevam à condição de microempresários. As empresas, por sua vez, revelam o que julgam positivo ou negativo nos perfis que candidatos a uma vaga publicam na rede.

Por Cecília Araújo
in Revista Veja.com